sábado, 15 de setembro de 2012

Começar para não acabar

A minha última prova este ano foi o Triatlo de Abrantes. Supostamente deveria ter sido o Europeu de Sub-23 em Espanha, mas isso não foi possível devido à minha lesão. Ora desde então que tenho estado num processo de recuperação que ainda não está terminado mas que está em andamento. Posto isto, vou alinhar amanhã no Triatlo de Aveiro (2ª etapa do campeonato Nacional Individual) sabendo à partida que vou desistir na fase final do segmento de ciclismo. Portanto para amanhã uma vez que apenas vou nadar e pedalar, os meus objectivos passam por tentar meter um bocado de ritmo e com isto tentar ajudar alguém a fazer uma prova melhor.
Até amanhã algures por Aveiro!! 

domingo, 1 de abril de 2012

Homenagem a um GRANDE HOMEM

Há muito que havia escrito a minha última mensagem neste meu blog. No entanto tenho continuado a realizar provas quer representando o meu clube quer representando a Seleção Nacional.
Ontem estive em Quarteira a representar o meu país na Taça da Europa de Elites, mas não foi a prova que me fez voltar a escrever no meu blog. Hoje realizavam-se as Taças da Europa de juniores masculina e feminina e eu tendo competido ontem dirigi-me ao local para apoiar os meus colegas mais novos de seleção quer masculinos quer femininos, até que a certa altura no meio de toda a confusão recebo uma noticia que me deixou completamente de rastos. Disseram-me que o António Jourdan tinha falecido durante a noite. A inicio pensei que se trata-se de uma brincadeira, mas quando percebi que a pessoa que me deu a noticia não estava a brincar e quando me explicou o que tinha acontecido tive um turbilhão de emoções muito fortes. Apetecia-me chorar de tristeza mas por outro lado estava muito revoltado. Mas porquê o Jourdan? Porquê?
O António Jourdan marcou-me na minha entrada para o triatlo de alta competição. Quando ingressei na estrutura do CAR em 2007 ele era na altura o Selecionador Nacional e foi em conjunto com o Sérgio Santos o meu treinador durante sensivelmente 2 anos. Mas a minha ligação com o Jourdan não era simplesmente uma ligação atleta-treinador. Entre nós havia uma cumplicidade diferente que só nós entendíamos. Tanto existia mesmo que depois de abandonar a estrutura da Federação como Selecionador, eu e ele continuamos sempre a falar como grandes amigos sempre que nos encontrávamos.
Hoje de manhã chorei a perda de um grande mentor do triatlo, um homem ENORME que marcou uma geração de atletas nos quais em me incluo. Neste momento estou a escrever estas palavras e estou muito emocionado porque acima de tudo perdi um GRANDE AMIGO.
Quero aproveitar para deixar uma força enorme a toda a família do António e também a todos os atletas do Águias de Alpiarça que diariamente treinavam com ele, que era o seu treinador. Não consigo imaginar pelo que estão a passar. Mas para eles eu deixo uma mensagem. Hoje a Luísa Condeço fez uma grande prova, lutou pela vitória até ao fim, mas infelizmente ele já não estava presente para assistir, mas não desistam nunca, agarrem em tudo aquilo que ele vos ensinou e aproveitem com toda a força, porque uma coisa eu tenho a certeza, a coisa que mais ele desejava no desporto era ver-vos vencer. Força!
Não me vou alongar mais porque é muito difícil escrever um texto destes, mas achei que tinha de o fazer por tudo aquilo que vivi com o Jourdan, por tudo aquilo que me ensinou e pela grande amizade que sempre tivemos e que fica para a eternidade. Muito Obrigado por tudo Jourdan! Foste e serás sempre ENORME!!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Triatlo Longo de Aveiro - A estreia

Algum dia tinha de ser. Já à muito tempo que andava a pedir aos meus treinadores para fazer um triatlo longo, mas sempre que isso acontecia havia sempre alguma coisa que me impedia de me estrear na longa distância. Ou pela proximidade de provas importantes, ou pela idade, ou pelo cançasso ou por qualquer outro motivo. Desta feita isso não aconteceu e alinhei para o IIº Triatlo Longo de Aveiro. À partida, estavam todos os especialistas desta distância, excepto o Pedro Gomes que tinha ganho este triatlo na edição do ano passado. A novidade era mesmo a minha participação e a do Zé Estrangeiro, que embora já tenha feito um triatlo longo, não está habituado a estas lides.

Depois de toda a preparação do material no parque de transição com algumas novidades relativamente àquilo que estou acostumado, vesti o fato isotérmico e fui aquecer para a água (19ºC). Minutos depois foi dada a partida. Parti muito forte e passados alguns metros já me encontrava na liderança.Nesta altura concentrei-me bastante em manter um ritmo forte mas constante, mas preocupei-me acima de tudo com a navegação para não estar a fazer metros a mais desnecessariamente e consequentemente permitir aos perseguidores que se aproximassem. Com todas estas preocupações ao final da 1ª volta tinha cerca de 40seg de vantagem que se ampliaram para 1min50seg à saída da água.

Era uma vantagem considerável, mas ainda assim fiz uma transição o mais rápida possível e saí para os 90kms de bike. Mal me montei sobre as duas rodas percebi que estava muito bem fisicamente e que podia aproveitar este, que é o meu segmento mais forte dos três, para ganhar precioso tempo à concorrência. Ao final da 1ª volta já tinha ampliado a minha vantagem para 4 minutos para o Zé Estrangeiro que era seguido de muito perto pelo Rafael Gomes. Mais atrás vinha um dos grandes candidatos à vitória, era ele Sérgio Marques. Com grande preocupação da minha parte na alimentação e hidratação (estes dois pontos eram fundamentais devido à duração da prova mas também e principalmente pelos quilómetros que tinha de correr no final). Aqui na fotografia, uma das minhas passagens junto ao parque de transição, momento que marcava o final de mais uma volta das 4 que compunham o segmento de ciclismo. Os quilómetros iam passando e eu aumentava a minha vantagem até quase 8 minutos, altura em que entrei no parque de transição.

Aqui deparei-me com algumas novidades. Pela distância que ainda tinha de correr, era aconselhável calçar meias e foi mesmo isso que fiz. Ao contrário do que estava à espera até me safei bem com esta "operação" e depois de calçar as sapatilhas peguei no relógio (GARMIN) e comecei a correr. E porquê o relógio? Para controlar o ritmo de corrida, tanto para não abusar e correr rápido de mais como para não correr lento de mais. Bem, mas o relógio acabou por não servir para nada. Quando saí para correr senti-me tão bem e ao olhar para o ritmo, entusiasmei-me. Os primeiros 10kms fizeram-se bem, mas o pior estava para chegar.

À medida que os quilómetros iam passando, o cansaço ia-se acumulando e a minha vantagem estava a cair. Se nas duas primeiras voltas a mantive, para o final ela caiu virtiginosamente, principalmente na última volta. Esta foi sem dúvida a volta da corrida mais sofrida desde que faço triatlo. Estava de tal forma desgastado que já não conseguia correr 1km seguido sem parar para andar alguns segundos. Isto repetiu-se talvez 6 vezes na última volta e com isto perdi só em 4kms, imagine-se: 4 minutos. Mas eis que avisto a meta e foi nessa altura que suspirei de alívio e disse para mim mesmo: “já está, consegui!”. Mal entrei na passadeira vermelha parei para andar, cumprimentei os meus colegas de equipa que me receberam calorosamente e segui até à meta a passo, com alguns festejos dentro daquilo que as minhas muito poucas forças me permitiam fazer.

Quando cruzei a meta agarrei-me aos meus pais para não cair. Eu sabia que aquilo que tinha feito era muito pouco comum. Estrear-me nesta distância com uma vitória, ainda por cima com um belo tempo e com a idade que tenho. Foi sem dúvida muito bom.

Já chega de escrever que já devem estar fartos (muito provavelmente nem chegaram aqui, ou se chegaram, se calhar saltaram o texto do meio eheh). Resta-me apenas agradecer a todos os muitos que estiveram a apoiar-me incondicionalmente. Agradecimentos especiais aos atletas do Clube Dos Galitos (muitos deslocaram-se de propósito para me ver), família e claro PAI e MÃE. OBRIGADO

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Últimos resultados

Desde o Campeonato do Mundo de Triatlo Cross, já fiz mais 3 provas. Foram elas o Aquabike de Castanheira de Pêra, o Triatlo de Montemor-o-Velho (1ª etapa do Campeonato Nacional Individual) e o Triatlo Longo de Aveiro. Esta época, está a ser sem dúvida uma grande época até à data. Tenho obtido resultados que nunca pensei que fosse capaz de os atingir e isso está a ser muito motivador para mim. Uma semana depois de me ter sagrado Campeão do Mundo de Triatlo Cross em Sub23, ganhei o 1º Aquabike em Portugal que se realizou em Castanheira de Pêra. Passadas duas semanas entrei na disputa do campeonato nacional individual. Desloquei-me a Montemor-o-Velho e no meu 2º triatlo olímpico da época consegui um óptimo resultado - 4º à geral, mas com 2 brasileiros à mistura, o que dá 2º atleta nacional atrás do meu companheiro de equipa Pedro Palma. Passadas outras duas semanas (ontem) experimentei uma nova distância e fiz a minha estreia nas lides da longa distância e logo em casa, no IIº Triatlo Longo de Aveiro (amanhã venho cá fazer a reportagem da prova). Agora estou a recuperar da prova, mas assim que me sinta bem, volta tudo à normalidade. Até amanhã e obrigado por seguiram

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Camp. Mundo TriCross - A prova

O prometido é devido. Não podia ficar apenas com os post anterior, uma vez que ele não diz o importante: a prova. O aquecimento dentro de água foi muito breve, cerca de 400m (já que no seguimento de um atraso por parte da organização na abertura do parque nós também nos atrasámos) mas ainda assim consegui sentir que estava bem dentro de água que é o mais importante. Por vezes não é tanto o aquecimento que faz a diferença, mas sim a cabeça. Se acreditarmos que conseguimos é meio caminha andado para o sucesso. É claro que depois entra a preparação, o treino, a forma e tudo mais. Saí da água e alinhei, eu era o último a ser chamado com o numero 47 entre Elites e Sub23. Inicialmente muito nervoso miudinho que passado pouco tempo se transforma em ansiedade e vontade de competir. Depois de ouvir o meu nome fui para um lugar vago e concentrei-me a 100%. É dada a partida. Estava na altura de mostrar aquilo que valia e de mostrar a minha vontade de vencer. Sabia que estava bem preparado, por isso "não podia ter medo das pernas". Nos primeiros metros de natação levei muita porrada, mas consegui safar-me e colar bem no 1º grupo e a partir daí tive a vida mais facilitada sem qualquer tipo de contacto. Com isto saí da água em 5º SUb23 mas a escassos 5seg do 1º que era o outro português João Serrano. Apostei na transição rápida, foi das melhores e recuperei alguns segundos. Mas a cartada mais forte ainda estava para vir. Mal me montei sobre a minha bike que é claramente o meu ponto forte, acelerei e logo no inicio passei todos os Sub23. Isolei-me logo na 1ª volta de 4 que faziam o percurso de bike e conseguia por esta altura 1min de vantagem para o 2º classificado Sub23. Sabia que era muito importante ter uma vantagem grande. Apesar disto nunca "desarmei" e rodei entre os primeiros elites, 4º na altura. Entretanto fui passado por alguns deles e posicionei-me na 8ª posição da prova. Nesta altura a minha vantagem tinha caído para 45seg, talvez me tenha distraído. Na última volta voltei a acelerar e a vantagem aumentou para 2min. Previa-se um Campeão do Mundo Português. Com o melhor tempo na 2ª transição entre os Sub23, apesar da vantagem eu queria fazer uma corrida forte e bater-me de igual com melhores elites, tal como tinha feito em cima da bike. Foi o que fiz, saí forte e aguentei o ritmo até ao final, tendo sido passado apenas pelo atleta português Bruno Pais, já no último quilómetro de corrida. Com isto, aumentava o tempo sobre o 2º classificado, o Holandês Dullart. Na meta, tornava-me Campeão do Mundo de Triatlo Cross no escalão de Sub23. No que à geral diz respeito, foi 9º elite o que é um excelente resultado tendo em conta que estavam lá grandes atletas a nível mundial e dos quais andei sempre muito muito perto. Escusado será dizer que estou muito feliz por este resultado, é um sonho tornado realidade. À partida para a prova sabia que era possível e não deixei os meus créditos por mãos alheias e consegui. Agora posso dizer que sou Campeão do Mundo. Aturem-me mais um bocadinho que esta parte é muito importante. Guardei este último parágrafo especialmente para uns agradecimentos muito muito especiais, para as pessoas a quem eu dedico esta vitória e que sempre acreditaram em mim e me apoiaram incondicionalmente. São elas: VeloFitSystem - António e Élio Facão, acreditaram em mim logo desde o inicio, mesmo antes de eu ter sequer resultados relevantes, disponibilizaram-se para me ajudar e estou-lhes muito grato. Obrigado aos irmãos Facão e à VeloFit. Clube dos Galitos - Miguel Lopes, Nuno Tróia e Pres. António Granjeia. Direcção do Clube dos Galitos que me incluiu no seu recente projecto e que acreditaram no meu trabalho. José Gonçalves - o meu 1º treinador de triatlo e grande amigo. Sem ele isto não teria sido possível. A ele um agradecimento muito especial por tudo aquilo que fez por mim. João Moreira - Um grande amigo que treina comigo aos fins de semana de bike e que tem contribuído muito para a minha evolução. Como ele são também importantes todos os outros que me fazem companhia nos treinos de domingo, Henrique Graça, Barbosa, Paulo Pires e todos os outros. Obrigado a todos estes grandes amigos. Estrutura da FTP - que proporciona condições excelentes de treino, grupo de trabalho e enquadramento técnico. Como não posso mencionar aqui toda a gente, quero agradecer de forma conjunta a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuíram para este resultado. Eles sabem quem são e são muito importantes. Muito obrigado. AOS MEUS PAIS - eles são as pessoas mais importantes da minha vida e são quem eu sei que posso contar sempre incondicionalmente. Agora, aquilo que prometo é continuar a trabalhar no duro. Novos objectivos em mente e muito vou lutar para os alcançar...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Preparativos para o TriCRoss

Bem já estava mais que na altura de vir aqui escrever alguma coisa, que isto já é uma vergonha. Pelo meio tenho tido provas importantes. Passou o Duatlo de Arronches, Triatlo de Alpiarça e Triatlo Internacional de Quarteira. Na sequência destas provas fui convocado para o Campeonato do Mundo de TriCross que teve a sua 1ª edição este ano no Complexo de El Anillo, Extremadura - Espanha.
Partimos de Lisboa na quinta-feira logo após o almoço. A comitiva era composta apenas por atletas masculinos. Nos juniores: Filipe Azevedo, Hugo Alves e Miguel Fernandes; Sub23: Eu, João Serrano e Vasco Pessoa e nos Elites apenas Bruno Pais. Chegados a Espanha fomos logo ao local da prova dar uma voltinha de bike e correr um bocadinho para "mexer" um bocadinho depois da viagem. Na sexta, havia um "schedule" a cumprir com reconhecimentos dos percursos de manhã, seguidos logo do Briefing. Este último é importante uma vez que é nele que conhecemos todos os pormenores da prova e onde podemos esclarecer todas as nossas dúvidas. No final disto era o almoço e uma tarde para descansar, preparar tudo e fazer alguma coisa se assim entendêssemos. Eu optei por descansar a tarde toda, já que ainda estava moídinho da viagem. Foi o que fiz de melhor, no dia da prova acordei já com boas sensações.
Depois de ter reconhecido o percurso de bike, "aprontei-me" para o reconhecimento de natação. Estava muito bonito eheh e por isso registei o momento :)
Sábado: Pequeno almoço às 08h30 para elite e Sub23. A esta hora os juniores preparavam-se para competir. Durante a manhã tínhamos combinado ir dar uma volta de bike para activar. Às 09h00 partiram os juniores e aproximadamente uma hora depois liguei aos meus pais que tinham chegado no dia anterior, para saber os resultados dos 3 tugas. O Filipe Azevedo tinha ganho a prova e obteve assim o título de 1º Campeão do Mundo de TriCross júnior da história. O vice-campeão Mundial foi também um português, Hugo Alves. O outro júnior, Miguel Fernandes garantiu o 5º lugar. Aos 3 muitos parabéns. Lá saímos para dar a nossa volta de activação de bike. O dia estava fosco, tinha chovido durante a noite e ameaçava chover mais à tarde, mas no meio disto tudo tivemos sorte e durante os 30min que pedalámos não apanhámos chuva. Almoço e as horas custavam a passar. A nossa prova era só às 18h30 e saímos do hotel 2h antes. Estava muito ansioso, estava a precisar de ir para o local da prova. Ainda antes da hora prevista estava a colocar as coisas na carrinha. Chegados ao complexo dirigimo-nos à zona onde íamos ser fotografados por causa dos fatos e depois seguiu-se o check-in. Estive muito tempo com os meus pais e os nervos pareciam ter desaparecido. Estava tranquilo e estava com uma grande vontade de competir.
Gosto especialmente desta foto. Aqui acho que dá para perceber bem o meu estado de espírito algum tempo antes da prova. Quando estou com os meus pais antes da prova eles falam comigo e transmitem-me muita serenidade e acima de tudo fazem-me sentir muito confiante. Sabem exactamente o que estou a precisar de ouvir e percebem-me melhor que ninguém. Na foto, eu e o meu pai, mas não esquecer a minha mãe que está a tirar a foto. Eles são as pessoas mais importantes.
Vesti o fato isotérmico e agora contrariamente ao que tinha acontecido durante toda a tarde, o tempo passava a correr e chegava mesmo a escassear. Cheguei já atrasado ao aquecimento e apenas tive tempo de dar umas braçadas e fui obrigado a sair por parte dos elementos da organização. Seguiu-se o alinhamento dos atletas por números e a hora da partida estava para breve. A ansiedade e o nervoso regressaram, agora só queria ouvir o tiro de partida. Bem, como o título indica este post é relativo aquilo que aconteceu antes da prova, por isso e também para não estar aqui a escrever um testamento que ninguém vai ler, passo aqui amanhã para contar o que aconteceu na prova. Obrigado por seguirem o meu blog e desculpem o tempo todo que "ignorei" o meu blog. Não se faz :)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ínicio de época - Jamor e Lezírias

Estou de regresso ao meu blog para deixar aqui qualquer coisa sobre aquilo que tem acontecido na minha vida desportiva. Depois de alguns meses de treino, a época começou. Foi no Jamor à 2 semanas atrás e hoje continuou nas Lezírias (ambas provas de duatlo BTT).
Jamor - O festival do "barro"
Na semana que antecedeu esta prova, na quarta-feira fiquei com uma forte outite que me deixou antibiótico e fora dos treinos de natação. A prova esteve em risco, mas ainda combalido resolvi ir à prova, até porque o meu clube (Clube dos Galitos - mudei este ano para o clube da minha terra) precisava de mim. Pois, foi o que fiz de melhor, foi ir à prova. Sempre gostei muito de BTT e a nível de duatlos sempre foi o que mais gostei. Encarei a prova na desportiva e as coisas saíram-me muito bem. Fiz uma boa 1ª corrida não perdendo muito tempo para os principais adversários. Com isto e com o bom segmento de ciclismo que tenho, aproveitei para em cima da minha nova BTT ganhar tempo e passar alguns atletas. Neste 2º segmento fui praticamente o tempo todo sozinho e cheguei à transição em 4º lugar. Tentei sair para a 2ª corrida forte e consegui. Atrás de mim estava o Custódio António. À minha frente estava o Marco Sousa, que ao se ter enganado no percurso de corrida final, fez com que eu saltasse para o último lugar do pódio provisório. Já no final da prova, eu acabei por ser passado pelo atleta que segui atrás de mim (Custódio António) e com isto fiquei com o 4º lugar absoluto, que me garantia o 2º lugar no meu novo escalão (Sub23). Foi um excelente resultado para a 1ª prova do ano. Foi só pena não ir ao pódio da geral...e este ficou tão perto.
Lezírias - O festival da lama
Com um bom resultado na prova anterior, acho que posso dizer que tinha algumas responsabilidades, já para não falar que esta prova era o 1º controlo competitivo das selecções nacionais. Desta vez com distâncias maiores que na prova anterior e com mau tempo, a prova adivinhava-se bem dura. E assim foi. Iniciei a minha prova com alguma calma. Não me queria desgastar demasiado porque sabia que a bike ia ser bem dura. Para isto, optei por correr junto de bons ciclistas com um nível de corrida parecido ao meu. Cheguei à 1ª transição um pouco atrasado em relação aos meus adversários mais directos, mas sabia que estava bem posicionado para os apanhar. Mal montei em cima da bike, o Marco Sousa da Benedita imprimiu um ritmo fortíssimo que fez com o nosso grupo fosse apanhando grupos mais à frente. O ritmo era muito elevado e quem íamos alcançando ia perdendo a nossa roda. A certa altura estava apenas eu e o Marco a recuperar muito tempo. No final da 1ª volta das 2 de bike, já estávamos no grupo perseguidor ao Bruno Pais que seguia isolado. Éramos então eu, o Marco, o Lino Barruncho e o Miguel Arraiolos. Mais à frente apanhámos o Bruno Pais e seguimos os 5. No final das voltas havia um segmento bem duro com muita lama e com terreno muito pesado. Aqui Miguel Arraiolos perdeu terreno e eu chegava à 2ª transição com o Bruno, Marco e Lino. Fiz uma boa transição e iniciei a 2ª corrida em 2º atrás do Bruno. Com uma excelente 2ª corrida vinha Miguel Arraiolos a recuperar posições e acabava por me passar. Eu agora estava no último lugar do pódio e tinha que me aplicar para não o voltar a perder como aconteceu na última prova. Apliquei-me e consegui manter a minha posição, beneficiando do facto do Lino estar a correr com sapatos de BTT (devido ao frio não conseguiu tirar os sapatos). Com isto o Bruno Pais vence a prova seguido de Miguel Arraiolos na 2ª posição. A fechar o pódio cortei eu a meta. Seguiram-se Lino Barruncho e Marco Sousa.
Foi uma prova muito dura. Muita chuva, muito vento, muita lama e muito frio. Mas no fim fica um grande resultado para mim, o que me deixa muito contente e com vontade de trabalhar para o futuro.
Resta-me agradecer a todos os que tiveram a apoiar-me (o Galitos esteve em força, até iam pondo a ponte abaixo a gritar por mim xD). Agradecimentos especiais aos meus pais como não poderia deixar de ser.
Brevemente vou publicar fotos de ambas as provas.
Próxima prova: Duatlo de Arronches. Até lá resta-me treinar forte.

domingo, 14 de novembro de 2010

Época 2009-2010 continuação

Depois de Oeiras começaram as provas internacionais e etapas do Campeonato Nacional Individual
Campeonato da Europa, Athlone - era o último Campeonato da Europa como atleta júnior e queria fazer um bom resultado. Estagiei com o grupo dos juniores semanas antes e cheguei lá bem preparado. Tal como eu esperava, a prova correu-me muito bem, começando com uma boa natação. Na bike, depois de um esforço inicial embora que curto, não me desgastei e deixei o trabalho essencial para os restantes elementos. Com isto, consegui uma corrida de bom nível e cortei a meta em 12º classificado, o melhor entre os júniores masculinos portugueses.
Triatlo de Aveiro - Era a minha 1ª etapa do Campeonato Nacional Individual e como corria em casa, a pressão era grande. Na verdade, não cheguei à prova como devia ter chegado. Depois do europeu distraí-me um pouco (o que é natural depois de um bom resultado, mas que não devia ter acontecido, porque sabia as provas que ainda faltavam) e portanto as coisas podiam ter corrido melhor. 2ª à saída da água e claro, integração no grupo da frente. Perdi 1 lugar na corrida e no final, 5º classificado. Não foi bom, mas podia ter sido muito pior. No dia seguinte, havia a prova de estafetas, que era o Campeonato Nacional de Clubes. A pressão era grande, já que estava na equipa principal do Clube Olímpico de Oeiras, que defendia o título com uma equipa apenas constituído por júniores. José Veiga, eu e Miguel Fernandes. No final, conseguimos a 2ª posição da geral. Quanto aos júniores, a minha equipa ganhou claramente a competição.
Campeonato do Mundo, Budapeste - Era a 2ª vez que ia participar num Campeonato do Mundo. Da 1ª vez as coisas não tinham corrido muito bem, mas desta feita as coisas não podiam ter corrido melhor. Com um estágio de preparação em altitude, cheguei a Budapeste no meu melhor momento de forma da época. Na prova, juntou um grupo grande na frente, com cerca de 30 elementos e todos os Tugas (Eu, Miguel Fernandes e João Serrano). Decisão para a corrida final. Do grupo fui o 10º melhor, mas como fui passado por um atleta do grupo de trás, o resultado final foi o 11º posto. Sem dúvida uma época internacional que para mim foi brilhante e uma grande forma de terminar o escalão júnior.
Triatlo de Setúbal - Aproveitando o balanço do Campeonato do Mundo, foi também uma boa prova. Depois de integrar o grupo que perseguia o João Pereira, chegado à corrida consegui fazer um bom parcial. O percurso era muito duro, mas saí-me bem e repeti o 5º lugar de Aveiro. Na meta, era o melhor júnior, o que confirmava o meu bom momento de forma.
Triatlo de Montemor-o-Velho - A época foi longa e acabou na final do Campeonato Nacional Individual. Trabalhei para chegar bem a esta prova, já que tinha boas hipóteses no Campeonato. Depois de nadar bem e ter uma bike tranquila, pensava que estava forte para correr. Enganei-me. Estava muito preso e cansado e o resultado foi mau. Acabei na 11ª posição e perdi uma posição, o que me relegou para o 4º lugar final do Campeonato Nacional Individual.
Conclusão - Apesar de ter começado de uma forma atribulada e de ter acabado com uma prova menos boa como já expliquei, posso afirmar que tive uma excelente época. Dos objectivos que tracei a mim mesmo no inicio da época, apenas falhei um, por isso posso dizer que foi uma época muito boa. Se tivesse conseguido ficar no pódio do Campeonato Nacional Individual (foi o objectivo que falhei), tinha sido uma época excelente. Vou trabalhar para que para o ano assim seja. Obrigado e desculpem qualquer coisa...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Época 2009-2010

As minhas férias estam a acabar e para semana já começo a dar no duro outra vez. Posto isto, decidi vir aqui postar qualquer coisa como um resumo desta época que passou. Então aqui vai...
Duatlo do Cadaval - A época começou mais tarde do que era suposto devido a lesão, por isso não é de estranhar que tenha chegado a esta prova em baixo de forma e que ela não tenha corrido muito bem. A época não começou muito bem.
Triatlo do Ribatejo - Já bem melhor do que no Cadaval, as coisas ainda não correram como eu queria. Perdi tempo na água que acabei por recuperar no ciclismo. Na corrida éramos um grupo muito grande e acabei por perder com a maior parte deles e ainda ser passado por alguns de trás. 6º júnior não me dava acesso ao Campeonato da Europa, ou seja as próximas provas tinham obrigatoriamente que ser melhores.
Triatlo de Quarteira - Muito trabalhei para chegar bem a esta prova. Sabia que os atletas mais velhos estariam afastados uma vez que iriam competir na Taça da Europa do dia a seguir e por isso era uma boa prova para fazer uma boa classificação. Uma boa natação, um ciclismo em contra-relógio e uma corrida já algo desgastado. Resultado final, 3º lugar geral e júnior. Já foi bem melhor. As coisas estavam a encarreirar.
Duatlo de Matosinhos - Campeonato Nacional de Júniores. O duatlo nunca foi o meu forte e ainda para mais cheguei a esta prova muito cansado dos treinos dessa semana. Não foi um bom resultado e a minha época estava a ter muitos altos e baixos e ainda só tinha disputado 4 provas. Havia muito para fazer para melhorar.
Triatlo de Abrantes - Acho que foi o ponto de viragem da minha época. Esta prova já me correu muito bem e consegui um bom lugar à geral e nos júniores fui 2º. Tinha dado bons indicadores para as 2 provas de qualificação para o Campeonato da Europa que faltavam (esta não contava).
Triatlo de Coimbra - Campeonato Nacional Universitário. Tinha boas expectativas para esta prova. Comecei com uma excelente natação o que me permitiu forçar logo à saída do parque e seleccionar o grupo. Ao fim de uma volta éramos só 3 no grupo da frente: eu, o Bruno Pais e o João Serrano, no entanto, destes 3 eu era o único a disputar o Universitário. Na corrida final acabou por ser fácil garantir o título dada a vantagem que tínhamos sobre o grupo perseguidor onde vinham os outros candidatos ao título. 3º da geral e campeão nacional universitário foi o melhor resultado da época até à altura.
Triatlo de Peniche - Campeonato Nacional de Júniores e Age-groups. Continuei com boas provas e esta foi mais uma. Incluí o grupo da frente como sempre aconteceu esta época. Consegui mexer qualquer coisa na bike e na corrida final garanti a 5ª posição da prova e 3º entre os júniores.
Triatlo de Oeiras - Se até aqui tinha sempre saído no grupo da frente, desta vez falhei. Perdi tempo precioso na água e na bike tive de ir atrás do prejuízo. À saída do parque tinha cerca de 20seg de desvantagem para o duo que seguia na frente (Amorim e Serrano). Entre mim e este duo encontravam-se 5 atletas. Sabia que tinha de fazer o trabalho todo sozinho e que não podia trazer ninguém na minha roda. Foi isso que fiz. Ataquei mal me montei na bike e coloquei-me logo na 3ª posição em perseguição ao duo da frente. Consegui apanhá-los aos 12km e segui com eles até ao fim. No fim deste esforço todo, a corrida foi muito sofrida e fui passado pelo José Veiga. Resultado final: 4º absoluto, 4º júnior.
Bem, o post já vai algo longo e ainda faltam algumas provas. Até aqui a época veio sempre a melhorar e o que aconteceu daqui para a frente até hoje, será relatado por mim, mas não hoje. Talvez amanhã.
Obrigado por me "aturarem"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Plano de Treino

Boas. Passo por aqui hoje numa altura bem descontraída em que me encontro, visto que estou de "férias" do triatlo. Apesar de ter os estudos e tudo mais, este período dá para fazer coisas engraçadas que não temos hipótese de fazer em qualquer outra altura do ano. Portanto, para que tenham ideia daquilo que fazemos agora, aqui deixo aquilo que é mais ou menos o planeamento. Ao analisarem, tenham em conta que as actividades a vermelho são obrigatórias e marcadas pelos técnico da FTP e todas as outras, digamos que são organizadas pela malta aqui do corredor :D. Aqui vai uma proposta. Desfrutem...
Caso tenham alguma dúvida, podem sempre contactar-me para serem esclarecidos. O plano é susceptível de alterações, por isso se alguém tiver ideias, mande vir. Obrigado :P