Hugo Ventura - Triatlo
"A diferença é o quase..."
sábado, 15 de setembro de 2012
Começar para não acabar
domingo, 1 de abril de 2012
Homenagem a um GRANDE HOMEM
terça-feira, 31 de maio de 2011
Triatlo Longo de Aveiro - A estreia
Algum dia tinha de ser. Já à muito tempo que andava a pedir aos meus treinadores para fazer um triatlo longo, mas sempre que isso acontecia havia sempre alguma coisa que me impedia de me estrear na longa distância. Ou pela proximidade de provas importantes, ou pela idade, ou pelo cançasso ou por qualquer outro motivo. Desta feita isso não aconteceu e alinhei para o IIº Triatlo Longo de Aveiro. À partida, estavam todos os especialistas desta distância, excepto o Pedro Gomes que tinha ganho este triatlo na edição do ano passado. A novidade era mesmo a minha participação e a do Zé Estrangeiro, que embora já tenha feito um triatlo longo, não está habituado a estas lides.
Depois de toda a preparação do material no parque de transição com algumas novidades relativamente àquilo que estou acostumado, vesti o fato isotérmico e fui aquecer para a água (19ºC). Minutos depois foi dada a partida. Parti muito forte e passados alguns metros já me encontrava na liderança.Nesta altura concentrei-me bastante em manter um ritmo forte mas constante, mas preocupei-me acima de tudo com a navegação para não estar a fazer metros a mais desnecessariamente e consequentemente permitir aos perseguidores que se aproximassem. Com todas estas preocupações ao final da 1ª volta tinha cerca de 40seg de vantagem que se ampliaram para 1min50seg à saída da água.Era uma vantagem considerável, mas ainda assim fiz uma transição o mais rápida possível e saí para os 90kms de bike. Mal me montei sobre as duas rodas percebi que estava muito bem fisicamente e que podia aproveitar este, que é o meu segmento mais forte dos três, para ganhar precioso tempo à concorrência. Ao final da 1ª volta já tinha ampliado a minha vantagem para 4 minutos para o Zé Estrangeiro que era seguido de muito perto pelo Rafael Gomes. Mais atrás vinha um dos grandes candidatos à vitória, era ele Sérgio Marques. Com grande preocupação da minha parte na alimentação e hidratação (estes dois pontos eram fundamentais devido à duração da prova mas também e principalmente pelos quilómetros que tinha de correr no final). Aqui na fotografia, uma das minhas passagens junto ao parque de transição, momento que marcava o final de mais uma volta das 4 que compunham o segmento de ciclismo. Os quilómetros iam passando e eu aumentava a minha vantagem até quase 8 minutos, altura em que entrei no parque de transição.
Aqui deparei-me com algumas novidades. Pela distância que ainda tinha de correr, era aconselhável calçar meias e foi mesmo isso que fiz. Ao contrário do que estava à espera até me safei bem com esta "operação" e depois de calçar as sapatilhas peguei no relógio (GARMIN) e comecei a correr. E porquê o relógio? Para controlar o ritmo de corrida, tanto para não abusar e correr rápido de mais como para não correr lento de mais. Bem, mas o relógio acabou por não servir para nada. Quando saí para correr senti-me tão bem e ao olhar para o ritmo, entusiasmei-me. Os primeiros 10kms fizeram-se bem, mas o pior estava para chegar.
À medida que os quilómetros iam passando, o cansaço ia-se acumulando e a minha vantagem estava a cair. Se nas duas primeiras voltas a mantive, para o final ela caiu virtiginosamente, principalmente na última volta. Esta foi sem dúvida a volta da corrida mais sofrida desde que faço triatlo. Estava de tal forma desgastado que já não conseguia correr 1km seguido sem parar para andar alguns segundos. Isto repetiu-se talvez 6 vezes na última volta e com isto perdi só em 4kms, imagine-se: 4 minutos. Mas eis que avisto a meta e foi nessa altura que suspirei de alívio e disse para mim mesmo: “já está, consegui!”. Mal entrei na passadeira vermelha parei para andar, cumprimentei os meus colegas de equipa que me receberam calorosamente e segui até à meta a passo, com alguns festejos dentro daquilo que as minhas muito poucas forças me permitiam fazer.
Quando cruzei a meta agarrei-me aos meus pais para não cair. Eu sabia que aquilo que tinha feito era muito pouco comum. Estrear-me nesta distância com uma vitória, ainda por cima com um belo tempo e com a idade que tenho. Foi sem dúvida muito bom.
Já chega de escrever que já devem estar fartos (muito provavelmente nem chegaram aqui, ou se chegaram, se calhar saltaram o texto do meio eheh). Resta-me apenas agradecer a todos os muitos que estiveram a apoiar-me incondicionalmente. Agradecimentos especiais aos atletas do Clube Dos Galitos (muitos deslocaram-se de propósito para me ver), família e claro PAI e MÃE. OBRIGADO